sábado, 17 de novembro de 2012

36 - RIO FORMOSO



CUCAÚ
Está localizada no município de Rio Formoso e foi implantada no antigo engenho de açúcar do mesmo nome, fundado por Francisco de Moura, antes da invasão holandesa. Foi edificada, em 1895, pela Companhia de Melhoramentos em Pernambuco.
Muitas figuras ilustres fizeram parte como acionistas e diretores da Companhia, entre os quais, Manoel Borba e José Rufino Bezerra Cavalcanti, ambos governadores de Pernambuco, Arthur de Siqueira Cavalcanti Filho, Barão de Águas Claras, Oscar Bernardo Carneiro da Cunha, coronel Júlio de Araújo, João Cardoso Ayres. Atualmente a usina pertence ao Grupo Armando de Queiroz Monteiro e integra, junto com a usina Laranjeiras, a Companhia Geral de Melhoramentos em Pernambuco.
A fase de expansão da empresa teve início em 1944, quando o controle acionário da usina foi adquirido por Armando de Queiroz Monteiro que assumiu sua presidência, transformou a antiga usina através da modernização e incorporação de outras usinas, como a Tinoco, Aipibú e Laranjeiras. A usina Cucaú conta atualmente com 29.733 hectares, sendo 5.400 hectares de área mecanizada. Possui 49 engenhos, entre os municípios de Rio Formoso, Ribeirão, Gameleira e Serinhaém, 36 escolas, serviços de assistência à saúde e política habitacional para seus operários.
Há uma preocupação permanente dos seus dirigentes com a qualidade e atualização dos equipamentos, implantação de novas tecnologias e automação dos controles. O primeiro difusor para extração do caldo instalado no Brasil foi adquirido pela empresa e instalado na usina Cucaú, no final do século XIX. A região onde estão situados seus engenhos tem a ver com os quilombos dos negros fugidos da escravidão.
A casa-grande e a capela do engenho Antas, pertencente à usina, foram tombados pelo Patrimônio Histórico e tem a guarda da usina Cucaú.

RIO UMA
Foi fundada pelo Dr. Leopoldo Lins, um dos descendentes do visconde do Rio Formoso, no engenho de nome Una. Sua primeira moagem teve início no ano de 1914, com uma capacidade de esmagar 300 toneladas de cana nas 24 horas.
Possuía uma destilaria em condições de produzir diariamente e uma estrada de ferro com 3 quilômetros cuja bitola era 0,75 centímetros. A primeira colheita foi de 40.000 sacos de açúcar de 60 quilos.


SANTO ANDRÉ
Situada no município de Rio Formoso, nos limites de Água Preta e Barreiros, foi fundada em 1913 por Manoel de Brito.
Em 1929, tendo como proprietário Miguel Octávio de Melo, a usina tinha capacidade para trabalhar 150 toneladas de cana e fabricar 2.500 litros de álcool em 22 horas. Não possuía via férrea. O transporte da cana, do açúcar e do álcool era feito por animais e caminhões.
Na época da moagem trabalhavam na fábrica cerca de 300 operários, não sendo admitidos para o serviço interno menores ou mulheres. Possuía apenas duas propriedades agrícolas onde as variedades de cana mais cultivadas eram a manteiga, a demerara, acaiará e a pitú. Sua vila operária era pequena e não mantinha escolas ou associações beneficentes para os empregados. Posteriormente a usina foi vendida a Jaime da Silva Loyo.
Por falta de suporte financeiro entrou em crise, sendo então comprada pelo Grupo Othon Bezerra de Melo seu atual proprietário.



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