sábado, 17 de novembro de 2012

35 - RIBEIRÃO



CACHOEIRA LISA


CAXANGÁ

Localizada no município de Ribeirão, à margem direita do rio Amaraji, a usina Caxangá foi fundada pelos senhores de engenho Arthur de Siqueira Cavalcante e os irmãos Ethelmino e Antônio Bastos.
Foi criada através de decreto de 12 de dezembro de 1894, incorporando os engenhos Caxangá, Lage, Caeté e Tolerância, moendo pela primeira vez em 1895. Em 1904, depois de quase dez anos de atividades, o coronel Arthur de Siqueira Cavalcanti desfez a sociedade e Hisbelo Barbosa da Silva também se desligou da sociedade, vendendo suas ações para Manoel Colaço Dias. Por algum tempo, a empresa que administrou a usina chamou-se Colaço, Siqueira & Bastos.
Em 1929, a usina possuía 15 propriedades agrícolas, 48 km de via férrea e tinha capacidade para processar 600 toneladas em 22 horas. Durante a época da moagem trabalhavam na fábrica cerca de 300 operários.
Possuía uma grande vila, seguro e assistência médica para os operários e mantinha uma escola com uma freqüência mensal de 30 alunos. Manoel Colaço Dias foi o proprietário da usina Caxangá até o final da década de 1940, quando passou para as mãos de José Lopes de Siqueira Santos.
Cerca de 18 anos depois, José Lopes vendeu-a a Júlio Maranhão, quando devido a uma crise, a usina foi desapropriada pelo Instituto do álcool e do Açúcar – IAA (1964). Quatro meses depois da desapropriação, houve uma intervenção do Instituto Brasileiro de Reforma Agrária – IBRA, que assumiu a responsabilidade da administração.
A usina Caxangá fez parte do primeiro projeto de reforma agrária do país, absorvendo mais de 50% da cana-de-açúcar dos parceleiros da Cooperativa Integral de Reforma Agrária – CIRA, na época em que era administrada pelo INCRA.
Foi desativada e sua maquinaria transformou-se em destilaria no Estado do Mato Grosso do Sul. Caxangá foi muito importante no desenvolvimento de Amaraji uma vez que ela escoava a safra anual de cana por conta da existência de uma via férrea que fazia a ligação entre muitos engenhos e a usina.
Entre outros, podemos citar os engenhos Tranquilidade. Refrigério. Refrigerante, Riachão, Raiz Nova, Raiz de Dentro, Raiz de Fora, Bamburral, etc.


ESTRELIANA

A Usina Estreliana foi fundada no distrito de Ribeirão em 1891, na época, pertencente ao município de Gameleira, mata sul do Estado de Pernambuco, por João Wanderley de Siqueira & Irmãos.
Em 1921, era uma das maiores do Estado de Pernambuco chega a esmagar 400 toneladas de cana e fabricar 1.500 litros de álcool em 22 horas. Possuía um via férrea de 26 quilômetros, 4 locomotivas, 62 vagões de trens.
Foi adquirida por José Lopes de Siqueira Santos em 1943. Em 1963, cinco Trabalhadores rurais são assassinados por um dos proprietários da Usina quando reivindicavam o recebimento do décimo terceiro salário
Em 1981, a Usina foi adquirida pelo Grupo Fernando Maranhão.
Em 1997, o INCRA é imitido na posse dos Engenhos São Gregório Alegre I e II, que são destinados à Reforma Agrária.
Em 1998 foi decretada a falência da Usina Estreliana, por dívidas com órgãos públicos. A inadimplência da Usina foi apontada como uma das causas da falência do Banco do Estado de Pernambuco – BANDEPE. Em 2006 o INCRA é imitido na posse dos Engenhos Pereira Grande, Bela Feição. A decisão é revertida em uma semana e os trabalhadores que estavam na área são despejados violentamente.


PINTO

Primeiro nome da usina Caxangá.


RIBEIRÃO




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