BELTRÃO
Foi localizada entre Recife e Olinda, onde está edificada a
fábrica Tacaruna. Possuía o nome de usina, no entanto, funcionava como
refinaria de açúcar. Foi fundada pelo Sr. Antônio Carlos de Almeida. Talvez
tenha sido a primeira refinaria de Pernambuco.
Passou pouco tempo em atividade, mas não sabemos a época em que
deixou de refinar. A usina Beltrão é citada mais de uma vez na revista
Grandes Personagens da Nossa História, na parte relativa a Delmiro Gouveia,
publicada em 1973.
MEIO DA VÁRZEA
Estava localizada no bairro da Iputinga em Recife. Ali existia o engenho do Meio onde, em 1904, foi fundada por Dr. Inácio de Barros Barreto, uma usina que funcionou até o ano de 1937.
SÃO FRANCISCO DA VÁRZEA
Estava localizada no bairro da Várzea em Recife.
SÃO JOÃO DA VÁRZEA
Em 1882 existiam na Várzea do Capibaribe
uma povoação sempre ligada à agroindústria açucareira, em funcionamento os
engenhos: Borralho, Brum, Cova de Onça, Cumbe, Curado, do Meio, Poeta, Santo
Cosme, São Francisco, Santo Inácio, Santo Amarinho e São João.
Por essa época, em terras do primitivo
engenho São João da Várzea, veio a ser instalada a usina da mesma denominação
que reunia, em seus limites, as terras antes pertencentes aos engenhos São
Cosme e São Francisco.
Foi a usina criada em 1894, pelo sr. Francisco do Rego
Barros de Lacerda (1831-1899), antigo proprietário do engenho São Francisco e
sobrinho de Francisco do Rego Barros, o Conde da Boa Vista, que para sua
implantação adquiriu ao Barão de Muribeca (Dr. Manuel Francisco de Paula
Cavalcanti de Albuquerque) os engenhos São Cosme e São João, respectivamente
nas margens esquerda e direita do rio Capibaribe. Para comunicação entre esses
dois últimos engenhos importou ele uma ponte de ferro em 1897, com 160 metros
de extensão, dividida em quatro vãos, e a instalou sobre o rio Capibaribe.
Para casa-grande da Usina São João da
Várzea, o sr. Francisco do Rego Barros de Lacerda mandou buscar um dos mais
importantes exemplares da arquitetura em ferro no Brasil. Trata-se de uma
construção em ferro de dois pavimentos, fabricada na Bélgica e adquirida nos
Estados Unidos, em 1897, aqui montada em 1902. Sua arquitetura é da área
francesa do Vieux Quartier de Nova Orleans. Uma escada em perfis de ferro une
as duas alas da casa, que possui um pátio interno separando os dois corpos
laterais, todo o seu piso foi confeccionado em madeira de lei, de várias
espécimes, encontrando-se cercada de varandas e com suas cobertas em telhas
francesas.
Era São João da Várzea uma usina de
médio porte, com uma safra estimada para 1908 em 12.000 sacos de 60kg. Em 1914
dispunha a usina de 11 km. de estrada de ferro, sete tanques para álcool e uma
produção de 70.000 toneladas de açúcar.
Em 1899, com a morte do seu fundador, a usina
passa a ser dirigida por sua irmã, D. Maria da Conceição do Rego Barros
Lacerda, e, em 1933, apresenta uma produção de 37.853 sacas (60kg.) de açúcar.
Em 1934, foi a propriedade transferida para o seu administrador, Ricardo
Lacerda de Almeida Brennand, a quem D. Maria da Conceição do Rego Barros
Lacerda transforma, por perfilhamento, em seu herdeiro universal. A fim de dar
continuidade aos trabalhos, Ricardo Lacerda de Almeida Brennand traz para
administração, anos mais tarde, o seu irmão, Antônio Luís de Almeida Brennand,
criando assim o Grupo Brennand.
TACARUNA
TACARUNA
Outro nome da usina Beltrão.
Gladisson, boa tarde. Sou estudante do mestrado em geografia da UFPE e estou trabalhando o bairro da Várzea, com isso, busco um regaste histórico e geográfico do processo de formação do bairro. Buscando alcançar meus objetivos de pesquisa, encontrei seu blog e gostaria de saber quais as fontes de pesquisa você utilizou para retratar um pouco da história da Várzea e suas fazendas. Aguardo o retorno. Atenciosamente, Camilla.
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