BARÃO DE MORENOS
BULHÕES
Era anteriormente um engenho de açúcar situado a dois quilômetros da
estação de Jaboatão que, em 1895, foi transformado em um meio-aparelho
(transição entre o engenho banguê e a usina). Só em 1906, foi totalmente
remodelado tornando-se uma usina.
Em 1929, possuía 27 quilômetros de via férrea que se comunicava com a
Great Western, quatro locomotivas e 44 vagões (de 8 a 10 toneladas). Tinha
capacidade para processar 400 toneladas de cana e fabricar 3.000 litros de
álcool em 22 horas. Durante a moagem trabalhavam na fábrica cerca de 200
operários. O transporte da cana e da lenha era feito pela ferrovia própria e
caminhões e o da produção de açúcar e álcool pela Great Western e também
caminhões.
A usina teve vários proprietários: família Bulhões; Guimarães Oliveira
& Cia; Pessoa, Maranhão & Cia, José Queiroz (1946-1982). Em 1982, foi
vendida à Agropecuária Jaime Beltrão. Em 1990, o grupo se dividiu e a usina
passou a pertencer a Roberto Lacerda Beltrão, filho de Jaime Beltrão.
Atualmente, a usina Bulhões possui onze fundos agrícolas com capacidade
para produzir 200.000 toneladas de cana.
CENTRAL NOSSA SENHORA DE LOURDES
JABOATÃO
Anteriormente um engenho de açúcar, foi fundada em 1886, no município
de Jaboatão (hoje Jaboatão dos Guararapes), pelo Governo do Estado de
Pernambuco, com a denominação de Progresso Colonial.
Foi construída em área projetada para industrialização de canas
cultivadas por agricultores da região, sob a direção de Ferreira Lima. Passou
depois a ser chamada de Santa Tereza e , em 1910, juntou-se com o meio-aparelho
Javunda e passou a ser administrada por Agostinho Bezerra.
Em 1929, pertencia ao coronel Antônio Martins de Albuquerque. Tinha
capacidade para processar 400 toneladas de cana e fabricar 4.000 litros de
álcool em 22 horas. Possuía 13 propriedades agrícolas e pequenos sítios, uma
via férrea de 40 quilômetros com diversas locomotivas e vagões. Na época da
moagem trabalhavam na fábrica cerca de 150 operários.
Foi posteriormente vendida a Antônio Martins de Albuquerque e
atualmente pertence aos seus herdeiros. Foi uma das últimas usinas a manter
estradas de ferro para escoar sua produção de cana, mas como na maioria das
usinas, o sistema foi desativado e substituído por estradas vicinais. Em 1996,
conseguiu uma produção de 150.000 sacos de açúcar.
JAVUNDA
Encravada no município de Jaboatão, de propriedade do Sr. Agostinho
Bezerra. Estava situada entre as usinas que produziam de 10 a 20 toneladas por
safra. Esta usina foi anexada à usina Jaboatão.
MURIBECA
Fundada no município de Jaboatão, pela Companhia Açucareira de
Pernambuco, no ano de 1889. Teve como dono, por algum tempo o Sr. José Loyo
Júnior.
Em 1905, passou a pertencer ao Dr. Júlio Carneiro de Albuquerque
Maranhão, que ali permaneceu até 1965, quando a Usina Muribeca foi desativada.
Uma parte de suas terras ficou fornecendo cana para a usina Jaboatão e o
restante foi absorvido pelo progresso industrial do grande Recife.
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