sábado, 17 de novembro de 2012

17 - GOIANA


USINA JOÃO ALFREDO
Durante o primeiro surto industrial brasileiro que o saudoso Roberto Simonsen situou entre 1885 e 1892, foi que se constituiu a empresa agroindustrial "Usina João Alfredo", por escritura pública de 10 de novembro de 1888, sociedade a que o comendador José da Silva Loio Junior transferiu todos os direitos eobrigações de seu contrato com o Governo da Província, no ano anterior, para a construção de dois engenhos centrais. No vale do Capibaribe Mirim, a boa meia légua da cidade de Goiana,foi construída a Usina João Alfredo, em terras do engenho Novo de Santo Antônio, que Vidal de Negreiros fundara em meados do século XVII e em cuja primitiva capela foram enterrados seus restos mortais por determinação testamentária. 
O trabalho da primeira safra da usina foi iniciado a 26 desetembro de 1889 e terminou a 15 de janeiro de 1890. Logo no ano seguinte, a fim de desenvolver as suas atividades econômicas a Usina João Alfredo transformou-se na Companhia Industrial Pernambucana, que a partir de 1º de fevereiro se propôs a explorar a indústria açucareira na Usina de Goiana e a montar uma indústria cerâmica e uma fábrica de tecidos no engenho Camaragibe. O engenheiro Carlos Alberto de Menezes foi o primeiro diretor gerente da nova empresa, em cujos estatutos, conseguiu introduzir as normas do cristianismo social que nesse mesmo ano seria oficializado pela Igreja Católica na Encíclica "Rerum "Novarum". Para chefe da seção açucareira foi escolhido o engenheiro Luiz Correia de Brito, que mais tarde com o engenheiro Luiz Collier, continuaria a porem prática os princípios sociais que Carlos Alberto ali introduzira.

Foi montada em 1888 pelos Senhores Cardodo & Irmão com o nome de Companhia Usina João Alfredo. Seu escritório central ficava na Rua do Comércio, nº 6, 2º andar, em Recife.
No dia 31 de janeiro de 1891, ela transformou-se na Companhia Industrial Pernambucana, e foram seus incorporadores: Pereira Carneiro & Cia., Mendes, Lima & Cia. e Dr, Carlos Alberto de Menezes.



MUSSUMBU
Fundada no município de Goiana pela família Maranhão, os mesmos que construíram a usina Matary.


NOSSA SENHORA DAS MARAVILHAS
Foi fundada em 1889, por Diniz Peryllo de Albuquerque Melo. Era anteriormente um engenho de açúcar, fundado antes da invasão holandesa por Gaspar Pacheco. Confiscado, foi vendido pelos invasores, em 1637, a Hans Wilen Louisen.
Em 1925, foi vendida ao industrial Arthur de Medeiros Carneiro, que também era proprietário do Textificio Santa Maria Ltda – conhecida como a antiga Fábrica do Zumbi, fabricante de sacos de juta para embalar algodão e açúcar–, e da Companhia Açucareira de Goiana.
Em 1929, possuía dez propriedades agrícolas, com condições de produzir 100.000 toneladas de cana. A variedade mais cultivada era a cana manteiga. Tinha capacidade para processar 700 toneladas de cana e produzir 10.000 litros de álcool em 22 horas. Na época da moagem trabalhavam na fábrica cerca de 100 operários.
Possuía uma ferrovia de 60 quilômetros, 6 locomotivas e 115 vagões e carros e mantinha uma escola com freqüência anual de 30 alunos. A sua produção de açúcar (sacos de 60 Kg) foi de 76.404, na safra de 1933-1934; 173.627, na de 1953-1954; 265.650, em 1963-1964; 486.356, em 1973-1974 e 827.974. Produziu também 285.850 litros de álcool, em 1953-1954 e 410.100, em 1984. Arthur Medeiros Carneiros e seus filhos foram proprietários da usina durante setenta anos.
Na década de 1980, a Nossa Senhora das Maravilhas foi vendida ao Grupo Lundgren e, na década de 1990, passou a ser propriedade do Grupo Andrade Queiroz.


SANTA RITA
Fundada no ano de 1920, pelo coronel Antônio Correia de Lima. Esta usina desapareceu em 1925. Teve vida curta. Em virtude de sua localização, tudo leva a crer que ela foi absorvida por uma das grandes usinas existentes naquela região.


SANTA TERESA
Foi fundada em 1910, pelo coronel Francisco Vellozo de Albuquerque Melo, João Joaquim de Mello Filho e José Henrique Cézar de Albuquerque (firma Mello, Vellozo & Cézar). No período de 1921 e 1922, esmagou 550 a 600 toneladas de cana por dia e produziu 91.500 sacos de açúcar. Em 1929, possuía 12 propriedades agrícolas, capacidade para processar 600 toneladas de cana e fabricar 5.000 litros de álcool em 22 horas.
Na época da moagem trabalhavam na fábrica cerca de 150 operários e a cana mais cultivada era a manteiga. Tinha uma ferrovia de 60 quilômetros, cinco locomotivas e 200 carros. O transporte da cana e do combustível era feito pela via férrea própria e o do açúcar e do álcool por via marítima.


SANTA TERESINHA DE JESUS
Fundada no ano de 1925, foi inaugurada no dia 18 de outubro de 1926 e recebeu o nome de M. Pessoa e Companhia. Seus proprietários eram: Dr. Manoel Pessoa de Mello, José Bonifácio Pessoa de Mello e João Pessoa de Mello. 
A nova usina tinha capacidade de moagem de 250 toneladas de canas em 22 horas de trabalho.
Depois passou a pertencer à firma Luiz Inácio Pessoa de Melo. Teve suas atividades encerradas na década de 1940.


URUAÉ
Fundada no ano de 1922, pelo coronel Antônio Correia de Oliveira, manteve-se em atividade até o ano de 1934.

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