sábado, 17 de novembro de 2012

14 - CATENDE


CATENDE
Está situada no município de Catende, na margem esquerda do rio Pirangi, numa altitude de 153 metros. Fundada, em 1890, com o nome de usina Correia da Silva, em homenagem ao então vice-governador do Estado, foi originalmente construída pelo inglês Carlos Sinden e seu sogro Felipe Paes de Oliveira. Esse nome, no entanto nunca se consagrou, sendo a usina sempre chamada de Catende.
Em 1892, passou a ser usina Catende, construída no antigo engenho Milagre da Conceição, fundado em 1829. A usina não teve sucesso, sendo entregue a credores, entre os quais o Banco de Pernambuco.
Houve várias tentativas de exploração, mas sem resultados, até que, em 1907, foi adquirida pela firma Mendes Lima & Cia, que a reformou (1912), aumentando a sua capacidade de moagem de 200 para 1000 toneladas diárias. Os proprietários, no entanto, eram comerciantes e não industriais. Interessava-lhes vender o açúcar e não fabricá-lo.
A usina foi novamente vendida, dessa vez para a firma Costa, Oliveira & Cia. Com a saída dos demais sócios, em 1927, a usina passou a ser propriedade do coronel Antônio Ferreira da Costa Azevedo, conhecido pelo apelido de Seu Tenente, que revolucionou toda a zona canavieira da mata sul de Pernambuco, com seu sistema técnico e administrativo, servindo de exemplo para diversas usinas da região. Em 1929, a usina era considerada a maior do Brasil em produção e capacidade.
Possuía 43 propriedades agrícolas, uma via férrea de 140 quilômetros, 11 locomotivas e 266 vagões. O transporte da cana e seus produtos era feito pela Great Western. Tinha capacidade para processar 1.500 toneladas de cana e fabricar 4.000 litros de álcool em 22 horas. Na época da moagem trabalhavam na fábrica cerca de 700 operários.
Possuía uma vila operária com 200 casas, uma Caixa de Beneficência e mantinha uma escola com frequência média anual de 50 alunos. Quando morreu, em 1950, Antônio Ferreira da Costa Azevedo, o Seu Tenente, deixou a usina Catende com uma capacidade industrial para fabricação de 1 milhão de sacos de açúcar, uma destilaria de álcool anidro (a primeira do país), 36 mil hectares de terra, 165 quilômetros de estradas de ferro e 82 engenhos de cana. Seu filho mais velho, João Azevedo, assumiu a direção da usina. Durante a sua gestão, a usina Catende absorveu a usina Pirangi e seus dez engenhos.
Em 1973, a usina Catende foi adquirida por um grupo formado por Rui Carneiro da Cunha (coproprietário da usina Massauassu), Alfredo Maurício de Lima Fernandes e Mário Pinto Campos. Este último, alguns anos depois, vendeu sua parte para Inaldo Pereira Guerra, comerciante de açúcar no Recife e criador de gado em Gravatá. Entre 1922 e 1993 a usina Catende mudou sua razão social para Companhia Industrial do Nordeste Brasileiro - Usina Nossa Senhora de Fátima.
A usina Catende foi proprietária dos seguinte engenhos: Água Branca de Uraba/Quipapa; Bálsamo da Linha, Corubas/Jaqueira; Bálsamo das Freiras//Lagoa dos Gatos; Bamborel, Bela Aurora, Boa Sorte, Cana Brava, Harmonia, Milagre da Conceição, Monte Pio, Niterói, Ouricuri, Tabaiaré/Catende; Campinas, Capricho, Esperança. Granito/Palmares; Espírito Santo, Mangueira, Mãozinha, Palanqueta, Pastinho, Pasto Grande, Piragibe ou Piragybe, Pirangy ou Pirangi, Porto Seguro, Souza, Veloz, Venturoso, Vida Nova/Água Preta; Curupaiti ou Curupaity /Xexéu; Limão, Urucú ou Urussú/Escada; Monte Alegre/Gameleira; Paudalho/Paudalho; Santa Cruz/Rio Formoso.


CORREIA DA SILVA
Denominação da Usina Catende quando foi fundada.


NOSSA SENHORA DE FÁTIMA
Entre 1992 e 1993 a usina Catende mudou sua razão social para Companhia Industrial do Nordeste Brasileiro - Usina Nossa Senhora de Fátima.

5 comentários:

  1. Tio Henrique (o Barão De Suassuna)morreu em 1944, não em 1941 como escreveram!!! O mesmo tinha 7 irmãs sendo a última vovó Anna Rita De Holanda Cavalcanti filha caçula do segundo casamento de vovô Antônio De Holanda Cavalcanti nome de solteira apos casamento com seu primo deputado, bacharel e propietario do engenho São João ou São José coisa assim,passou a se chamar Anna Rita De Holanda cavalcanti Gonçalves Da Rocha (Baronaza do Espinheiro, bairro fundado por ela mesmo seu irmão o barão De Suassuna e seus primos o Conde e a Condessa Pereira Carneiro!!! Motivo esse desse bairro muito se desenvolveu, inclusive aquela bela casa antiga na rua Santo Elias 288 foi presente do Barão para sua irmã Anna Rita, e já era tempo de o patrimônio histórico tombar a mesma!!! Vovó Anna Rita foi uma heroína de tragédia clássica, apos a morte do seu pai ela sentiu na pele a covardia, traição e ganancia dos parentes!!! porem tudo isso vai ser relatado no livro qui estou concluindo!!! "Senhores e Senhoras de engenhos e usinas Escadenses"

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá amigo, como vai?

      O livro foi lançado? Sou neto da Irene Pereida da Silva, filha do Srº Aruba (Engenho Água Branca).
      Ela ainda é viva e tem 94 anos, ela conta muitas histórias do período e diz como era na época de sua juventude.

      Adoraria ler seu livro.

      Excluir
  2. Tio Henrique (o Barão De Suassuna)morreu em 1944, não em 1941 como escreveram!!! O mesmo tinha 7 irmãs sendo a última vovó Anna Rita De Holanda Cavalcanti filha caçula do segundo casamento de vovô Antônio De Holanda Cavalcanti nome de solteira apos casamento com seu primo deputado, bacharel e propietario do engenho São João ou São José coisa assim,passou a se chamar Anna Rita De Holanda cavalcanti Gonçalves Da Rocha (Baronaza do Espinheiro, bairro fundado por ela mesmo seu irmão o barão De Suassuna e seus primos o Conde e a Condessa Pereira Carneiro!!! Motivo esse desse bairro muito se desenvolveu, inclusive aquela bela casa antiga na rua Santo Elias 288 foi presente do Barão para sua irmã Anna Rita, e já era tempo de o patrimônio histórico tombar a mesma!!! Vovó Anna Rita foi uma heroína de tragédia clássica, apos a morte do seu pai ela sentiu na pele a covardia, traição e ganancia dos parentes!!! porem tudo isso vai ser relatado no livro qui estou concluindo!!! "Senhores e Senhoras de engenhos e usinas Escadenses"

    ResponderExcluir